yuurih: “Queremos que a próxima temporada seja melhor que a primeira”

27 julho 2020 | 455 | 0
yuurih: “Queremos que a próxima temporada seja melhor que a primeira”

Jogador brasileiro falou, para a hltv.org, sobre acabar com a seca de troféus em 2020, COVID-19 no Brasil e a recente rixa com a MIBR.

2019 foi um ano de novas conquistas para a FURIA. O time, que mudou-se para os Estados Unidos na metade de 2018, ganhou os olhos do mundo após as boas campanhas na DreamHack Masters Dallas e na ECS Season 7 Finals, assim como ganhando títulos em Los Angeles, Helsinki e Hong Kong. Além disso, a contratação de Henrique "⁠HEN1⁠" Teles foi essencial para a manutenção do time, já que mudaram o estilo de jogo, por já estar “manjado”.

Yuri Boian - Jogador de CS:GO Profissional
Yuri Boian - Jogador de CS:GO Profissional

A campanha imbatível na DreamHack Masters Spring – North America foi o ponto alto no ano para a organização. Um título mais que necessário, após a perca da DreamHack Open Anaheim e da ESL One: Road to Rio para a Gen.G – a pedra no sapato da FURIA, até agora, neste ano.

“Nós sempre tivemos problemas enfrentando a Gen.G e é muito difícil jogar contra ele”, disse Yuri “yuurih” Santos, que tem sido o jogador da FURIA com melhor performance em 2020. “Nós poderíamos ter começado o ano bem, porém terminamos em segundo na DreamHack Open.”.

A vitória na DreamHack Masters colocou o time em 4º colocado no ranking mundial, mas, na semana seguinte, o time caiu para 5º após terminar em terceiro na BLAST Premier Spring Americas Finals. Para piorar, A FURIA terminou em sexto lugar no cs_summit 6, o que fez com que ficasse fora da zona de classificação para o próximo major e, assim, diminuísse o RMR (Regional Major Ranking).

“Nós vamos praticar muito mais para o próximo torneio RMR. Se tiver um Major no Brasil, precisamos estar lá, certo?”, disse o jogador.

Um dos pontos mais abordados, durante os últimos meses, tem sido a saúde dos jogadores, tanto mental quanto física. Durante a pausa, por conta da pandemia, grande parte dos jogadores estão passando tempo com suas famílias, porém, esse não é o caso da FURIA, já que decidiram não voltar ao Brasil.

“Normalmente, nós só vemos nossas famílias duas vezes ao ano, mas, nesse ano, provavelmente só iremos vê-los uma vez. É triste porque é difícil ficar longe, mas sabemos que é algo que não podemos controlar. Aqui, nos Estados Unidos, nós temos um tipo de família. O [André] Akkari está aqui com a família, então nós sempre fazemos algo juntos, como jogar futevôlei. Nós estamos fazendo coisas, então está tranquilo. Eu só queria estar com meus pais, mas não é possível”, disse yuurih.

Antes da pausa, o derby entre FURIA e MIBR ficou mais tenso que o normal, já que a MIBR estava enfrentando problemas, quando jogavam o mapa Inferno, e pediu para que um dos rounds fosse jogado novamente. Depois de quase uma hora de discussão, o round foi “restartado”, mas o clima negativo continuou, indo parar nas redes sociais, com fãs e jogadores da MIBR acusando a FURIA de não ter tido respeito e espírito esportivo.

“Depois do jogo, eu fiquei longe das redes sociais, até parei de interagir com os jogadores da MIBR, então não vi muito sobre o que estava acontecendo”, diz o jogador. “Eu só vi o guerri falando sobre, ele até gravou um vídeo. Também vi o FalleN pedindo desculpas por ter postado o vídeo. Ele sempre fez o que todo bom profissional faria. Ele é alguém em que me inspiro desde criança.” “Nós sempre admiramos esses caras e aí algo como isso acontece. É triste, mas acontece. Para mim, é passado, não quero mais pensar nisso. Eu desejo o melhor para eles, em especial ao kNg, que acabou de se tornar pai. Que ele possa ter paz nesse novo capítulo da vida.”

Igor

Estudante de Publicidade e Propaganda, Athleticano sofredor, pintor de paredes do CS e escritor.

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